Para terem uma ideia de como é o meu Natal, vou falar de natais passados como o do ano passado
A minha família já habita este planeta há anos e é natural que tenhamos adquirido determinados rituais humanos. O Natal é um deles. Claro que mesmo estando longe de casa todos os anosincorporamos no Natal terrestre as nossas próprias tradições.
Nem sei por onde começar?! Talvez pela árvore de Natal; nesta só podem ser penduradas decorações comestíveis.
A nossa forma de celebrar o abrir das prendas é libertadora.
Despimo-nos todos e depois de abrirmos as prendas dançamos à volta da árvore de Natal.No ano passado, foi ao som daquela do "Bring the Sexy Back". Rodopiando e saltando, todos contentes sem trapos a prenderem os nossos movimentos.
Depois segue-se um jogo que é demais. Aproveitamos as caixas e embrulhos que ficam no chão e atiramos com eles à cara uns dos outros , claro que nos baixamos e tentamos desviar-nos dos objectos, acertar na cara dá a vitória ao jogador, é muito giro. A minha mãe , no ano passado, coitada teve de ir para a cama mais cedo com um ombro quase que deslocado. Mas lá continuámos a jogar, e não é que a sacana da minha sobrinha de cinco anos atirou com uma caixa da Nike à cara do pai e ganhou o jogo.
Outra tradição muito nossa é ver quem aguenta mais tempo sem respirar, mas este jogo é mais para gozar com o meu primo que tem asma. Não aguenta mais de 10 segundos.
No dia 25, temos o nosso grito de guerra, antes de começarmos a comer o peru, sentados à mesa damos as mãos e berramos:
"O pai Natal não existe! Viva o Peru que deu a vida por nós!".
Enfim, teria mais para vos contar, mas não posso expor demais a minha família.
Mal posso esperar por este ano. Qual será a música libertadora? Estou ansiosa. A depilação já está feita.
Mas isto sou só eu.
p.s - Só mais um detalhe, a árvore de Natal tem de ser dividida de forma a que cada membro da família fique com um pedaço para levar para casa,no caso de ter fome mais tarde.